A guerra na Ucrânia pode ser um grande divisor de águas para a tecnologia no mundo inteiro. Os tempos atuais não têm precedentes nem para o mundo físico e nem para o mundo digital, à medida que se intensifica o conflito na Ucrânia.
Gigantes corporativos como Meta, Google e Apple, que sempre se caracterizaram como empresas neutras na área de tecnologia, estão agora exibindo suas cores políticas, retirando seus produtos da Rússia em resposta à invasão da Ucrânia.
Enquanto isso, a própria tecnologia está mudando para os usuários russos. O Twitter e o Facebook estão bloqueados, o TikTok não permite postagens de usuários da Rússia e há relatos de que a polícia está interpelando as pessoas nas ruas para saber o que elas estão vendo nos seus telefones celulares.
Uma das grandes dúvidas atuais é se o conflito pode alterar não apenas a geografia do mundo, mas mudar fundamentalmente a natureza da internet global.
Como a tecnologia pode interferir na guerra?
Como vivemos em um mundo cada vez mais digital, até em guerras a tecnologia faz diferença e contribui para ambos os lados. E na guerra da Ucrânia com a Rússia, isso não é diferente.
Um exemplo básico é em relação a utilização de criptomoedas na Rússia. Com o estouro da guerra, o setor monetário foi altamente impactado.
O rublo, moeda oficial da Rússia, despencou 20% em relação ao dólar norte-americano no início da guerra, fazendo com que o banco central tivesse de intervir. Por mais que alguns dias depois a moeda tenha apresentado uma recuperação de 7%, a União Europeia sempre deixou bem claro que suas intenções são de enfraquecer a base econômica da Rússia e sua capacidade de se modernizar. Isso, inclusive, foi dito pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Notícias do Moscow Times mostraram que a troca do rublo por dólares ou euros foi interrompida no país.
Como há incerteza política e crise monetária, as moedas digitais se apresentam como uma forma de manutenção da liberdade financeira para a Rússia.
Oferecendo a possibilidade de guardar dinheiro em contas onde as transações são mais fáceis neste cenário, quando a movimentação de dinheiro via internet banking também é limitada, as moedas digitais ainda promovem o acesso ao dólar, euro, e ativos de proteção.
Outro exemplo que temos é como a tecnologia pode facilitar o acesso à ajuda humanitária na guerra.
Com a democratização dos dispositivos móveis e da internet, o que vemos é um uso ainda mais intensivo das tecnologias e das redes sociais. A possibilidade de apoiar às vítimas e enfrentar o conflito está descentralizada e, com isso, o ciberativismo ganha força.
Esse ativismo digital possibilita ações de apoio às vítimas em questões fundamentais e imediatas, por exemplo, acesso à ajuda humanitária. Mas também temos visto que a tecnologia permite ir além e, com ela, são implementadas estratégias de resistência, como a disseminação de informações confiáveis, a garantia do acesso à internet pela população local, assim como a mobilização de protestos e ações de pressão para que sejam adotados mecanismo para a resolução do conflito.
Há diferentes formas de apoiar a Ucrânia utilizando a tecnologia a todo momento. Elas são diversas, descentralizadas e buscam trazer o impacto necessário, com celeridade para a urgência do momento.
Como podemos ver, há várias formas de relacionarmos a tecnologia com a guerra da Ucrânia. Ela pode ser usada tanto para o bem, como facilitar o acesso à ajuda humanitária, quanto para o mal, como disseminar notícias falas e usar drones como armas.
A tecnologia está presente em todos os aspectos no mundo. E na guerra isso não seria diferente.
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Daniel Romualdo
Engenheiro de Software - Mestrando pela ESPM - PPGA, inteligência artificial em análise de sentimentos
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